Leishmaniose Canina: uma doença silenciosa

Transmitida pela picada de insetos hematófagos, a Leishmaniose é uma das doenças que mais afeta os cães no Brasil.

 

Seu cãozinho está tendo perda de pelos no focinho, nas orelhas ou na região dos olhos, além de crescimento anormal das unhas e intenso emagrecimento? Fique atento, pois apesar de comum, esses sintomas podem indicar que seu parceiro está doente.

Essa doença silenciosa chamada Leishmaniose Visceral Canina é uma das seis endemias prioritárias no mundo, tendo como principal alvo os cães, gatos e humanos. Porém, ela ainda é desconhecida por muitas pessoas e seus sintomas são, por muitas vezes, ignorados.

A transmissão da Leishmaniose ocorre quando o animal é picado por insetos hematófagos, conhecidos como “mosquito palha” ou “birigui” infectados. Porém, a doença não é transmitida de um animal infectado a outro sadio, apenas o inseto transmite a Leishmaniose.

Seu cão está contaminado?

Com a falta de conhecimento e informação sobre a doença, é comum descobrir que seu animalzinho está contaminado apenas depois da doença já ter apresentado seus sintomas em estágios avançados, pois ela pode ficar incubada de 3 meses a 6 anos.

É importante ficar atento aos sinais que seu cãozinho apresenta, o mais comuns são: queda de pelo, nódulos na pele, úlceras, febre, fraqueza, emagrecimento compulsivo, vômito e lesões oculares. Se ele apresentar qualquer um dos sintomas, a primeira coisa a fazer é levá-lo ao veterinário e solicitar um exame específico para diagnóstico da Leishmaniose. Em caso de resultado negativo, a prevenção deve começar imediatamente, mas se for positivo, o tratamento deve ser iniciado e mantido para o resto da vida.

Seu amigão longe da doença

A prevenção passa pela utilização regular de produtos que repelem os insetos, produtos estes que também protegem contra pulgas e carrapatos.

Evitar passeios em zonas húmidas ou perto de lagos, sobretudo ao amanhecer ou entardecer, pois são locais onde a presença de insetos transmissores de doenças é grande.

Manter seu animal saudável, bem vacinado e com um sistema imunitário forte, é também uma maneira de prevenir a Leishmaniose.

Vacina

Existe também uma vacina que foi desenvolvida a partir da proteína A2, classificada como um dos melhores antígenos capazes de induzir resposta imune celular, pois é específica e protetora contra a Leishmania.

A vacina é recomendada para cães a partir de 4 meses de idade, clinicamente sadios e sorologicamente negativos contra a Leishmaniose.

Existe tratamento?

Era muito comum que os cães acometidos pela doença fossem indicados à eutanásia, por serem hospedeiros do vetor. A Leishmaniose é uma enfermidade que leva ao óbito em cerca de 90% dos casos não tratados.

O tratamento desta doença ainda envolve polêmicas. Porém, após anos de pesquisa, neste ano a companhia farmacêutica lançou o primeiro medicamento aprovado para Leishmaniose Visceral Canina no País. É uma solução oral à base de miltefosina, substância capaz de praticamente eliminar as leishmanias presentes no organismo do animal.

Portanto, manter seu cãozinho bem cuidado e prestar atenção nos sinais é fundamental para evitar que ele seja acometido com a Leishmaniose.

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